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Fita rosa nas tetas da vaca e o câncer de mama

14 de outubro de 2015
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O Outubro Rosa, que acontece no mundo inteiro, é uma campanha de conscientização que tem o intuito de chamar a atenção sobre o câncer de mama, problema que atinge mulheres em quase todas as faixas etárias, mas principalmente aquelas acima dos trinta anos.
Mas interessante é que em quase todas as notícias referentes a essa campanha de conscientização, a grande maioria enfatiza apenas a prevenção através do autoexame ou da mamografia. Muito pouca ênfase na prevenção através dos cuidados com a alimentação, stress, álcool, fumo, obesidade, reposição hormonal, diabetes e hereditariedade. Mesmo nesse último quesito, como diz o cardiologista Fernando Luchese, os fatores genéticos constituem-se como uma bomba relógio que você tenta desarmar ou não, dependo do estilo de vida que leva.
O Instituto Nacional do Câncer aponta o Rio Grande do Sul com a maior incidência dessa enfermidade. O alto consumo de gordura animal, carne e laticínios, pode favorecer a alta incidência desse tipo de câncer. Segundo pesquisa realizada pela Universidade de Leeds e publicada na revista especializada British Journal of Câncer, com 35 mil mulheres com idades entre 35 e 69 anos, aquelas que passaram da menopausa e comem mais de 103 gramas de carne vermelha por dia ou carne processada, tem 64% mais chances de desenvolver a doença. Já as mulheres em período pós-menopausa que consomem cerca de 57 gramas de carne por dia têm 56% de chance de desencadear o câncer de mama. A pesquisa revelou que mesmo as mulheres jovens têm leve risco de desenvolver a doença se comerem carne vermelha todos os dias.
No livro intitulado “Your life in your hands” (A Tua Vida Nas Tuas Mãos) da professora de geoquímica Jane Plant, a mesma relata sua experiência pessoal de luta e sobrevivência a cinco tumores mamários, que mesmo passando pelas práticas convencionais de tratamento, só veio a ter a cura efetiva após seis semanas de abandono total do leite e seus derivados. Diz ela que a relação entre o consumo de lácteos e o câncer de mama é similar a do tabaco e o câncer de pulmão. E tudo começou numa viagem do seu marido, que também é cientista, à China. Constataram que tal enfermidade era virtualmente inexistente naquele país, onde apenas uma entre 10.000 mulheres morria de câncer de mama. Já no reino Unido morria uma para cada 12 mulheres. E a mesma constatação em relação aos homens e o câncer de próstata, pois a maioria da população chinesa é incapaz de tolerar o leite e por isso não o tomam. Lá não há o hábito de se dar leite de vaca para as crianças. E não pode ser uma simples casualidade que, mais de 70% da população mundial tem sido incapaz de digerir a lactose. E outra constatação interessante é que os chineses ou mesmo os orientais em geral, que adotam os hábitos da dieta ocidental, seja no seu próprio país de origem, ou quando passam a morar fora, acabam desenvolvendo esse tipo de câncer.´
Segundo a professora Plant, o leite de vaca é um grande alimento, mas só para os bezerros, pois a natureza não o destinou para ser consumido por nenhuma outra espécie. O leite só é natural para o filhote que recebe de sua própria mãe esse alimento. Fora disso torna-se um elemento estranho ao organismo de outra espécie adulta que já deixou a fase de amamentação. De todas as espécies mamíferas, a humana é a única que se comporta como filhote mesmo depois de adulta e teima em tomar leite até morrer de velha. Em média, aos três anos de idade perdemos duas importantes enzimas necessárias à decomposição e a digestão do leite, a renina e a lactase.
Além desse fato o leite possui em sua composição alto teor de gordura, caseína e um conveniente e bonito nome para milhões de células somáticas, que nada mais são do PUS. Não bastasse isso é frequente a contaminação com fezes e pesticidas. Então está na hora de aprofundar o debate e as campanhas que visam alertar esse grave problema que afeta homens e mulheres do mudo inteiro, e inserir nesse contexto o que se evidencia como consequência de um hábito tradicional, porém equivocado. Lá na origem da fazenda fêmeas bovinas são transformadas em escravas leiteiras, onde seus ventres exauridos e mamas judiadas e sugadas são meras máquinas de um lucrativo agronegócio. Ali também tem muito sofrimento e dor nas mamas.

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