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Vídeo mostra resgate de cão que foi enterrado vivo em Cidreira (RS)

13 de agosto de 2015
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Reprodução
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Um vídeo em que um cão vivo é desenterrado tem mais de 145 mil visualizações no Facebook. De acordo com a presidente da ONG Pega Bicho, Araci Lara, as imagens foram gravadas na tarde de terça-feira (11) em Cidreira, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. No mesmo dia, o animal foi encaminhado a uma clínica veterinária em Tramandaí, cidade vizinha, onde morreu durante a noite.
A autora do vídeo, que não quis se identificar, disse ter visto dois homens usando uma pá para enterrar o cão. “Saí para levar o lixo à rua, entre as 15h30 e 15h45, e tinha dois homens com uma pá e um saco nas mãos. Como é deserto onde eu moro, fiquei cuidando. Vi que a sacolinha estava balançando e reconheci o cachorro, lembrei-me de onde era e vi que eles estavam mal-intencionados”, contou a mulher.
Depois de ver o cão ser enterrado, ela conta ter pedido ajuda ao cunhado, para resgatar o animal, e à ONG, para encaminhá-lo a um veterinário.
“Ela estava desesperada”, conta Araci. “Chamou o cunhado e o marido e pediu para desenterrarem ele. Tiraram uma pazada e viram que ele ainda estava vivo. Era um filhote, tinha oito meses. Desenterraram e limparam o focinho”, acrescenta.
Segundo Araci, a entidade não conseguiu saldar o débito com a clínica veterinária em função da internação. Ela pede doações para a conta bancária de número 0605655705, no nome da Pega Bicho, na agência 0601 do Banrisul.
De acordo com o veterinário que atendeu o cão, Jony Hüller, o animal tinha cinomose e doença do carrapato, além de estar infestado com muitas pulgas e carrapatos. Ele afirmou que o animal teve duas paradas cardíacas, e não resistiu à segunda. “Ele estava bastante anêmico, debilitado e fraquinho, e teve crises convulsivas, o que é consequência da cinomose”, conta.
O veterinário descarta que a morte tenha sido causada pela aspiração de areia. “A morte teria sido mais rápida. Ele deu entrada em torno das 16h e o óbito foi entre as 20h e 21h”, afirmou.
Suspeito é identificado
A Polícia Civil aguarda a chegada do documento que atestou a morte do animal para indiciar o suspeito de enterrar o cão vivo. O homem foi identificado e, segundo o delegado Jony Hüller, teria confessado o crime em um vídeo.
“Ele vai ser indiciado por maus-tratos aos animais, com pena agravada pela morte do cão. É uma infração menor. Ele responde a um termo circunstanciado e vai ter direito a uma transação penal. Certamente não será preso por isso”, disse o delegado Antônio Carlos Ractz Júnior.
Fonte: G1

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