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Vereadora luta pela permanência de macacos-prego em praça no Rio Grande (RS)

12 de setembro de 2013
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(Foto: Fabio Dutra)
(Foto: Fabio Dutra)

Na busca por uma alternativa para tentar manter os macacos-prego na Praça Tamandaré, a vereadora Lu Compiani (PMDB) está colhendo assinaturas para encaminhar ao Ibama e ao Ministério Público. Segundo a vereadora, é do conhecimento de todos que as condições em que os animais se encontram, hoje, não são as mais adequadas, entretanto, ela salienta que a busca por melhorias é a melhor solução. Ela contou que teve a iniciativa, mas que alguns vereadores já assinaram o documento e também são contra a retirada dos animais do local. “Queremos colher o maior número de assinaturas para que tenhamos força para tentar manter os animais. A situação dos animais não está boa, e se agora surgiu esse problema, vamos melhorar. Se foi chamada a atenção para isso, vamos resolver”, apontou.

Lu explicou que o abaixo-assinado está sendo realizado desde o dia 7 de setembro e que deve seguir até o dia 20 desse mês, ou até que se consiga um número expressivo de assinaturas. “Queremos melhores condições, mas não a retirada dos animais. Tem pessoas que já estão indo na praça para olhar os macacos pela última vez”, comentou.

Por fim, a vereadora acrescentou que as assinaturas, durante essa semana, serão colhidas em frente à jaula dos macacos, mas que na próxima semana, o local deve ser a Praça Dr. Pio. O documento está denominado como “Retirada, sou contra”.

Estudo

De acordo com Maria Ester Oliveira dos Anjos, que é técnica em Meio Ambiente, em 2012, quando estudava no Colégio Lemos Júnior, onde fazia o curso técnico, ela e mais duas colegas realizaram um estudo sobre a Praça Tamandaré, durante o trabalho de conclusão de curso. “Nós fizemos um estudo sobre a importância dos animais e vimos que eles não estavam sendo bem tratados. O local está fora das normas. Nós queremos que os animais continuem ali, o nosso projeto é para manter os animais”, explicou.

Maria Ester contou que na época em que fizeram o trabalho, foram entrevistados funcionários e ainda o diretor da praça, e que diante disso foi feito o estudo para analisar as condições em que os animais viviam. “No nosso projeto apresentamos a ideia de que o local tivesse um lado cercado onde ficariam os animais. Só que esse local seria fechado durante a noite e aberto durante o dia, ou seja, uma área de visitação, onde teriam veterinários e pessoas para cuidar desses animais”, salientou.

Ela salientou que no começo do mês de setembro, ela e as colegas, por meio desse projeto, participaram de uma Amostra de Projetos em Santana do Livramento, e que entre 48 projetos, ficaram em 2º lugar. Participaram também do trabalho de conclusão de curso, as técnicas de meio ambiente, Leandra Jardim e Letícia Barenho. O estudo feito pelas técnicas será encaminhado também ao Ibama e ao MP quando ocorrer o envio das assinaturas.

Fonte:  Jornal Agora

Nota da Redação: Os macacos-prego não estão na cidade por simples vontade. A migração para as cidades tem relação com a falta de alimentos devido a intervenção humana em seu habitat natural. A permanência na praça Tamandaré mais parece com a formação de um mini-zoológico, um mini-parque para entretenimento humano, do que com um espaço livre para o fluxo dos animais. 

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