EnglishEspañolPortuguês

Casos recentes de animais mortos em zoos geram indignação na América Latina

13 de julho de 2016
3 min. de leitura
A-
A+

Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

Reprodução/Vice
Reprodução/Vice

A indignação pública em relação às recentes mortes de um gorila ameaçado de extinção no México, de um urso polar deprimido na Argentina, de dois leões no Chile e de uma onça pintada no Brasil, tem deixado alguns ativistas pelos direitos animais esperançosos de que a América Latina tem se tornado cada vez mais consciente sobre a realidade do cativeiro.

“As perdas recentes desses animais são devastadoras, mas também conscientiza as pessoas sobre todos os danos causados por essas instituições”, declarou Elliot Katz, fundador da organização Em Defesa dos Animais (IAD), segundo matéria da revista Vice.

Tudo começou no final de maio, quando um jovem entrou no recinto dos leões no principal zoológico de Santiago.

Ele passou os braços ao redor do pescoço de um dos leões e os funcionários do zoológico tentaram afastar os animais com água e tranquilizantes e, posteriormente, atiraram nos animais.

O zoológico alegou que salvar a vida do homem era a uma prioridade, a mesma justificativa usada pelo zoológico de Cincinnati ao matar o gorila Harambe depois de uma criança ter caído em seu gabinete uma semana mais tarde.

Em ambos os casos, os ativistas condenaram a falta de vigilância que permitiu que os seres humanos entrassem no território dos animais.

“Zoológicos conscientemente mantêm animais selvagens em estreita proximidade com o público mesmo que vários incidentes sucessivos mostrem que eles não estão preparados para as consequências”, disse Fleur Dawes, diretora de comunicações da IDA.

“Os contínuos fracassos de zoológicos de tranquilizar os animais em situações perigosas revelam seu segredo sujo: os zoológicos tratam os animais como máquinas descartáveis que devem gerar lucro”, completou.

Algumas semanas mais tarde, uma onça-pintada chamada Juma foi baleada durante uma cerimônia para acender a tocha olímpica em solo brasileiro, em Manaus.

Vídeos do evento mostram o animal acorrentado a um poste e cercado por soldados antes de ser baleado. A autoridade ambiental local que supervisiona o uso de animais selvagens disse que a presença do animal na cerimônia era ilegal.

Mais recentemente, foi a morte de um urso polar chamado Arturo que gerou comoção entre o público. O urso tinha 31 anos e era mantido em cativeiro em um zoológico na cidade de Mendoza. Seu estado de extrema angústia era notável.

Outro caso que ocorreu na última semana e que tem sido bastante repercutido nas mídias sociais foi a morte do gorila de planície ocidental em vias de extinção Bantu no principal zoológico da Cidade do México.

O macho de 24 anos morreu de um ataque cardíaco no dia 6 de julho, depois de ser sedado para ser transferido para um zoológico na cidade de Guadalajara.

Fotos da autópsia divulgadas pelo jornal mexicano El Universal mostraram que Bantu foi decapitado e seus membros cortados, o que resultou em ainda mais indignação nas mídias sociais.

Estes casos são somente algumas das trágicas mortes que poderiam ser evitadas se os animais fossem deixados livres na natureza ao invés de serem mantidos em cativeiro por uma indústria que ambiciona acima de tudo o lucro.

Você viu?

Ir para o topo