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Perigos aos animais durante as festas de final de ano

10 de dezembro de 2011
6 min. de leitura
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Enfeites atrativos, casa cheia de convidados, alimentos à disposição… As comemorações de Natal e réveillon são ótimas para os tutores, mas oferecem situações de risco para os animais de estimação. Especialistas indicam os acidentes mais comuns nesta época e dão dicas de como evitá-los.

(Foto: Reprodução)

Um brinquedo gigante cheio de bolinhas para puxar e morder. Provavelmente, é assim que o seu gatinho enxerga aquela linda árvore de Natal que você montou na sala. O resultado? Nem sempre os enfeites chegam intactos ao dia 25 de dezembro. Mas isso é o de menos. Pior mesmo é quando as comemorações de fim de ano causam acidentes – alguns até fatais – para os animais. “As festas podem ser catastróficas para os bichos, porque aumentam a quantidade de pessoas na casa e, com isso, a oferta de petiscos”, alerta a veterinária Ana Paula Madeira, do Hospital Veterinário Pompeia.
A atenção deve ser redobrada se o animal de estimação tiver pouco tempo de vida. “O perigo está nos filhotes de cães e gatos, que têm atração pelos penduricalhos. Em geral, os cachorros adultos não se interessam tanto pelos enfeites”, diz a doutora Carla Alice Berl, do Hospital Veterinário Pet Care.
Listamos os maiores perigos que o Natal e o Réveillon oferecem. Confira e saiba o que fazer para proteger o seu melhor amigo:
Bolinhas de Natal
Vários objetos redondos pendurados na árvore de Natal podem parecer brinquedos divertidos para o seu bichinho. “Já atendemos casos de gatos que chegaram a engolir uma bolinha inteira”, afirma a veterinária Carla Berl. “Os cachorros – principalmente os filhotes – costumam morder e ingerir pedaços dos enfeites”, completa. A melhor solução é deixar o pinheiro em um local fora do alcance dos animais e ficar sempre de olho. Também existem produtos vendidos em pet centers para afastá-los. É só aplicar uma pequena quantidade nos objetos. Os bichos vão desistir da “tentação” depois da primeira lambida, por causa do gosto ruim.
(Foto: Reprodução)

Pisca-pisca
Quem não gosta de ver o pinheiro de Natal todo iluminado quando anoitece? O problema é que as luzinhas oferecem grande perigo para os animais de estimação, que podem morder o fio e se machucar. “O pisca tem risco de choque elétrico e pode causar queimaduras na língua e no focinho, além de alterações neurológicas ou metabólicas mais graves”, explica Ana Paula Madeira. A indicação é a mesma das bolinhas: mantenha o enfeite longe do animal e fique sempre atento ao comportamento dele.
Bebida alcoólica
Nesta época do ano alguns animais chegam aos hospitais veterinários – pasme! – em coma alcoólico. “Isso acontece porque as pessoas costumam esquecer copos cheios em lugares de fácil acesso”, diz Ana Paula. Alguns tutores acreditam que, se a bebida não faz mal a eles, também não trará consequências para seu animal de estimação. No entanto, o álcool é absorvido ainda mais rapidamente pelo aparelho digestivo dos animais e metabolizado no fígado. Alguns dos efeitos são náuseas, vômitos, problemas respiratórios e coma.
Presente vivo
Há quem escolha presentear aquele amigo ou parente querido com um animal de estimação. A surpresa pode ser inesquecível, mas é bom pensar duas, três ou até vinte vezes antes de fazer essa opção. “Quando as pessoas não estão preparadas para receber um animalzinho, a situação pode acabar em abandono, que é crime ambiental”, alerta Ana Paula. O cuidado deve ser redobrado se o “mimo” for destinado a uma criança. Dependendo da idade, o novo tutor não terá responsabilidade suficiente para cuidar do bichinho e, nesse caso, a tutela fica por conta dos pais.
Fitas, sacolas e plásticos
As pessoas costumam colocar os presentes no chão, em torno da árvore de Natal. Por ficarem no piso, local de fácil acesso, as embalagens plásticas e fitinhas atraem cães e gatos, que podem morder e engolir os materiais. O perigo é parecido com o das bolinhas penduradas na árvore. Então, se o seu animal for do tipo curioso ou bagunceiro, guarde os presentes em um lugar que ele não alcance.
(Foto: Reprodução)

Fogos de artifício
Os cães têm uma audição muito aguçada, o que pode ser útil para que eles ouçam, de longe, quando o tutor chega ou quando algum perigo se aproxima. Mas o que é uma vantagem durante todos os outros dias torna-se um problema no período de festas. A explosão de fogos de artifício assusta os animais. “Recomendamos que os tutores fiquem próximos dos bichos, para tranquilizá-los. Também é bom colocar um pouco de algodão nos ouvidos deles”, diz Carla Berl. “Em alguns casos, os veterinários podem até prescrever calmantes”, afirma.
 Calor
As festas de fim de ano coincidem com o início do verão e, por isso, é bom tomar cuidado para evitar a desidratação. “Dê água gelada e deixe o animal em um lugar onde haja sombra. Paredes e pisos frios também são opções para o animal se encostar e se refrescar”, diz Carla. Outra dica é evitar passeios em horários muito quentes. De acordo com a veterinária, se o cachorro ou gato tiver pelagem clara e estiver exposto ao sol, o tutor deve passar protetor solar (produtos específicos para animais, encontrados em pet shops) em áreas mais sensíveis, como as orelhas.
Viagem de carro
Se for aproveitar a virada do ano na praia e o bichinho for junto, certifique-se de que a viagem será confortável. “O ideal é que tanto gatos como cachorros sejam levados dentro de caixas de transporte de tamanho adequado”, explica Ana Paula. “Evite alimentar o animal nas duas horas que antecedem a viagem, para que ele não vomite no caminho, e, se o percurso for longo, pare algumas vezes para o animal fazer xixi”, diz. Além disso, prefira viajar nos horários mais frescos – bem cedinho ou durante a noite.
Hotel
Quem vai viajar e não tem como levar o animal, pode optar por deixá-lo em um hotelzinho. Antes de escolher o estabelecimento, faça uma pesquisa para ver qual é mais confiável, se os profissionais são aptos a lidar com eventuais problemas de saúde, como são as instalações… “É importante deixar todos os seus contatos para que você seja encontrado facilmente no caso de uma emergência”, indica Carla.
Fonte: Revista Casa e Jardim

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