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ONG denuncia matança de tartarugas para consumo em Alagoas

10 de julho de 2014
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Matança de tartarugas será investigado pelo BPA
Matança de tartarugas será investigado pelo BPA

Uma denúncia feita por um biólogo, na manhã desta quarta-feira (09), preocupou a direção do Instituto Biota de Conservação. Tartarugas marinhas estão sendo mortas para consumo no Litoral Norte de Alagoas.

Segundo o diretor do Instituto, Bruno Stefanis, várias denúncias já chegaram até o instituto, mas até então não havia qualquer prova do crime ambiental. “Já havíamos recebido diversas denúncias de assassinatos de tartarugas vindos de várias praias do nosso litoral, mas tudo muito vago. Hoje pela manhã recebemos uma foto feita por um biólogo em Paripueira. Ele encontrou um plastrão de uma tartaruga jogada na rua. O plastrão é a parte de baixo do animal, o osso. O pescador tira essa parte de baixo para ter acesso à carne”, disse o biólogo, explicando que a foto é uma prova de que está havendo a matança.

Bruno Stefanis disse ainda que o plastrão somente é retirado em duas situações: ou para a necropsia, que na região apenas o Biota realiza, ou para o consumo.

As denúncias dizem ainda que em muitos locais, os pescadores jogam as redes, pescam os animais e os descarnam ainda em alto mar, voltando para a praia apenas com a carne, o que dificulta encontrar as partes descartadas como prova. “Esta foi a primeira vez que tivemos algo concreto”, disse.

O diretor do Biota explica ainda que o Instituto é apenas uma ONG e não tem poder de polícia para fiscalizar. Ele pede para que quem souber de algum caso, faça a denúncia ao Batalhão de Polícia Ambiental, que é que investiga estes casos.

“Com esta imagem, nós vamos formalizar a denúncia e fazer um boletim de ocorrência. Mas peço que as pessoas também denunciem”, propôs Bruno.

O Batalhão de Polícia Ambiental afirmou que ainda não recebeu esta denúncia específica, mas adiantou que já receberam denúncias vindas do Litoral Sul do Estado. De acordo com o subtenente Rosivan Nunes, a punição para este tipo de crime vai de seis meses a um ano de prisão, além de pagamento de multa.

Nunes pediu ainda que as pessoas denunciem para que a polícia possa investigar e punir os acusados de praticarem este tipo de crime. “Qualquer informação é válida. As denúncias podem ser feitas pelos números 8833-5879 e 3315-4325, que são do Batalhão de Polícia Ambiental”, disse o militar.

Fonte: Alagoas 24 Horas

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