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Investigação da Humane Society expõe crueldade da indústria de ovos nos EUA

10 de abril de 2010
3 min. de leitura
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Por Giovanna Chinellato (da Redação)

A Humane Society dos Estados Unidos (HSUS) publicou um novo e  chocante relatório expondo a crueldade com animais em duas das maiores produtoras de ovos do EUA.

Entre fevereiro e março de 2010, um investigador da HSUS foi empregado da Rose Acre Farms e Rembrandt Enterprises, a maior produtora de ovos em Iowa, que é o estado que mais produz ovos no país. Dentre galinhas poedeiras e galinhas jovens, a Rose Acres mantém cerca de cinco milhões de pássaros em gaiolas, empilhados a quatro metros de altura em alguns lugares, oito em outros. Já  a Rembrandt tem cerca de 5,5 milhões de galinhas esmagadas em 18 gaiolas. Todas as 10 milhões estão sofrendo.

Na Rembrandt, as galinhas passam a vida dentro de um espaço equivalente a 1 m², que não dá mais que uma folha de papel grande, e é onde as galinhas passam toda a sua curta vida. Imagine viver sua vida toda em metade de uma folha de papel, ombro a ombro com outra meia dúzia de indivíduos em suas pequenas folhas.

E fica pior. Essas aves são mantidas em total imundície, onde seus dejetos são deixados amontoar, atraindo ratos e insetos. Em um dos locais, um empregado disse que a área de dejetos das galinhas mais novas não era limpa há dois anos. Os níveis de amônia são tão altos que causam cegueira em algumas galinhas, e depois de alguns dias trabalhando ali com somente uma máscara de pintor, o investigador começou a desenvolver problemas respiratórios.

Nas gaiolas lotadas, as galinhas frequentemente ficam presas entre as barras ou caídas, e são largadas assim para morrer. Aliás, mesmo depois que morrem, são deixadas na gaiola. O investigador encontrou aves mortas há tanto tempo que já estavam mumificadas em suas gaiolas… bem ao lado das galinhas pondo ovos para consumo humano.

Fonte: Reprodução / Change.org

Um supervisor disse que, quando uma doença afetou a Rembrandt, eles retiraram cerca de 5 mil  pássaros mortos por dia das gaiolas, por duas semanas.

A realidade é que, no cenário mundial, não existem leis federais, e pouquíssimas estaduais, para proteger os animais contra o interesse de exploração pela indústria.

Essa condição cruel vivida por milhares de animais se perpetua justamente porque ainda existe um mercado consumidor que a sustenta.

Você pode baixar vídeos e relatos da investigação no website da HSUS.

Com informações da Animals Change

Nota da Redação: Desfaçamos a ilusão de que um ovo caipira não é obtido com o sofrimento de um animal. Não é porque a galinha é criada livre de gaiolas que o produto obtido da sua exploração é livre de crueldade. O veganismo é o único caminho para uma ética coerente, que respeita todos os seres: na teoria e na prática. Para mais informações sobre a triste realidade a que são submetidas as galinhas, indicamos a leitura do texto “Ética na alimentação: O fim da inocência“, escrito pela filósofa vegana  Sônia Felipe.

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