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Tutor alerta sobre medicamento antipulgas que matou seu cão

10 de janeiro de 2010
4 min. de leitura
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Eduardo Moraes Rego
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Gostaria de alertar quem tem animais sobre medicamento para matar pulgas, do tipo pipeta, mais precisamente um chamado PROMERIS DUO do laboratório Fort Dodge.

Até a manhã do dia 23/12/2009 eu tinha um atlético e brincalhão scottish terrier, que era a alegria da família. Então a minha esposa aplicou o remédio no dorso dele e foi trabalhar, como eu estava de dispensa natalina fui levá-lo num passeio na rua, que ele tanto gostava. Após caminhar um pouco ele começou a parar repetidas vezes, parecendo que ia cheirar alguma coisa, mal sabia eu que ele estava envenenado.. . Após fazer isto umas 3 vezes, eu estranhei e carreguei ele no colo, torcendo para que fosse uma indisposição e após colocá-lo no chão ele me olhou e não se movimentou, fiquei muito preocupado, peguei-o no colo e caminhei até a entrada do prédio rapidamente. Ao chegar na entrada do prédio coloquei-o no chão para ver se ele se animava, novamente me olhou com aquele olhar canino de quem necessita ajuda. Imediatamente peguei-o no colo, fui rápido para a portaria e pedi para minha filha descer com a chave do carro.

Em menos de 1 hora entre o momento em que foi aplicado o dito “medicamento” , o Lucky estava sendo atendido pelo veterinário da clínica Ypiranga em Laranjeiras, que após ouvir o ocorrido, e constatar o cheiro forte no dorso do Lucky, mandou-o tomar um banho para retirar o dito “medicamento” . Após o banho ele estava outro, brincando, pulando, super feliz, bem como eu e minha filha, mas o veterinário avisou que não sabia os efeitos possíveis, pois já poderia estar na corrente sanguínea dele o tal do “medicamento” .

Pois no mesmo dia Lucky passou mal, com dificuldades de respirar e de movimentar-se tendo que ser internado na clínica para receber soro e medicamento para combater o envenenamento. No dia 24/12 fui buscá-lo às 09:00 e ele estava totalmente cambaleante e arfante, a veterinária falou que ele tinha inclusive dado uma cambalhota na clínica (na realidade uma espécie de infarto) que havia preocupado e que ele não havia dormido. Ela foi muito atenciosa e passou uns remédios. Lucky retornou para a nossa casa como uma sombra, mal ficando em pé de cansaço e lutando para respirar, mas não se permitindo deitar, pois não conseguiria respirar e então morreria. Após ficarmos a manhã e à tarde ao seu lado nos revezando para não deixá-lo morrer, ele piorou, retornamos ao veterinário que constatou que ele era cardiopata, através de chapas e prescreveu mais remédios. Retornamos para a casa mais uma vez, haveria a festa de Natal, me dispeço da família e falo para todos irem, que eu ficaria em casa com o Lucky. Nada mais angustiante que ficar ao lado dele vendo a procura desesperada dele pelo ar, já sem dormir há quase 30 horas, envenenado, com os batimentos cardíacos acelerados e irregulares, e fraco, mas lutando pela vida, sem deitar, mostrando toda a sua fibra e valentia peculiares. Era de cortar o meu coração ver o sofrimento dele.. Só podia sustentá-lo, ficar do seu lado, afagar e orar pela sua melhora. Era quase meia-noite quando ele começou a respirar melhor e finalmente deitou apoiado nas almofadas que eu oferecia para suportar a sua cabeça e permitir uma respiração mais relaxada, foi o milagre que eu recebi de Natal, sua melhora.

Durante a semana seguinte, ele continuou a tomar todos os remédios pontualmente seja às 08:00, às 16:00, às 22:00 ou às 24:00, com o auxílio das minhas filhas e da minha esposa. Foi ao veterinário novamente, que observou a sua melhora progressiva. Estava mais sonolento e pacato, mas já queria brincar e me acompanhava pelos cômodos da casa, além de estar se alimentando normalmente.

No dia 31/12, fomos passar o ano-novo na casa de minha mãe, levamos o Lucky, que já estava aparentemente bem melhor, andando pela casa de minha mãe, se esfregando no tapete, cheirando as coisas, querendo brincar, voltou a latir avisando que alguém tocava a campainha, parecia estar muito bem, era a dita melhora da morte, onde o organismo usa todas as suas forças para a despedida final ser mais leve, ele então foi para o meu lado por volta das 18:00 deu um ganido e um pulo. Estava finda a sua vida, corri a abraçá-lo e a tentar a reanimação. Em vão.. Meu grande amigo havia partido numa noite de comemorações para que a sua passagem fosse mais amena para aqueles que ficam.

Peço que tomem cuidado com este “medicamento” e similares para que não tenham que passar por este tipo de perda.

Ass.: Eduardo Augusto Nóbrega de Moraes Rego
Cel: (21)-8706-0165 (se necessitar de qualquer esclarecimento)

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