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Veterinária que adotou jabutis afirma que eles também demonstram seu afeto

8 de setembro de 2009
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Esse simpático réptil terrestre, parente da tartaruga, o jabuti, nunca vai receber seu tutor com festa nem procurar cafuné na mão de visitas. São bichos que apareceram na Terra bem antes dos humanos, mas que não aprenderam, com a idade evolutiva que expressam o seu amor de um outro jeito.

imagem dos jabutis adotados soltos num jardim
Sônia Regina Pinheiro diz que a calma dos animais não se traduz em indiferença (Imagem: Reprodução/Folha Online)

 “É um bicho que acompanha gerações”, resume a veterinária Sônia Regina Pinheiro, 52, que tem um verdadeiro “jabutizal” em casa. O termo foi criado por ela para definir o espaço onde vivem quatro répteis, um deles ‘repassado” por um desconhecido. O antigo tutor considerou seu jardim pequeno para o bichinho quando se deu conta de que ele podia chegar a ter até 70 cm de comprimento.

Dos quatro jabutis, ele é o único (a bem da verdade, a única, por se tratar de uma fêmea) que, por ali, ganhou nome: Catarina. Em breve, no entanto, mais um deles deve ser batizado. Sônia quer dar um novo integrante da família de répteis a um sobrinho. “Só que o combinado é que ele leve o presente só depois de se casar”, conta a veterinária.

A vantagem de cuidar de um jabuti, para ela, é que “eles não latem e não mordem”. São tão pacíficos que um pastor alemão da casa divertiu-se, durante um bom tempo, virando seus cascos com o focinho. Até que teve acesso proibido ao “jabutizal”.

Sônia garante que essa calma toda não se traduz em indiferença. Diz que seus jabutis a reconhecem e até demonstram certo afeto, principalmente quando correm (maneira de dizer) para comer em sua mão.

 O veterinário especializado em animais selvagens André Grespan explica que, para entender esse pet, é preciso entrar no ritmo e ter um pouco de paciência. “Tudo na vida do jabuti é muito lento”, ele explica. Até a incubação (em ovos) dura de seis a nove meses. Bem mais do que um pinto, que nasce 21 dias depois de a galinha botar seu ovo.

André cita casos de clientes que acompanharam a longa evolução dos ovos, até verem seus jabutis filhotes nascerem. “É uma experiência única”, diz. Assim como é único cuidar de um animal que, provavelmente, vai sobreviver ao seu primeiro tutor.

Com informações da Folha Online

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