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Após uma vida de exploração, elefante é induzido à morte em zoológico

8 de janeiro de 2016
3 min. de leitura
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Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

Foto: Facebook / Michael Durham
Foto: Facebook / Michael Durham

No ano passado, a ANDA publicou histórias de diversos elefantes com idade avançada, em torno dos 60 anos, que vivem desde jovens confinados em zoológicos. Alguns exemplos são Hanako e Mo Mo. Até então, não se sabe houve nenhuma notícia revelando que algum deles tenha sido libertado.

Porém más notícias não tardam a surgir. Está sendo divulgado que Tusko, um dos elefantes que vivia no zoológico de Oregon , nos Estados Unidos, com apenas 45 anos de idade, foi induzido à morte em dezembro. As informações são do Koin.

O animal tinha uma lesão em uma das pernas há décadas e que, segundo os mantenedores do zoológico, estava somente piorando com o tempo.

Segundo a reportagem, eles decidiram induzi-lo à morte pois “não conseguiam mais ajudá-lo a lidar com a dor”.

Os dez anos que Tusko passou no zoológico de Oregon foram o período mais longo que ele já viveu em um só lugar.

Ele foi o segundo elefante a falecer neste zoológico no ano passado.

A sua morte veio apenas uma semana depois do zoológico ter anunciado um projeto de expansão de 57 milhões de dólares para a sua área de elefantes, descrito como o mais ambicioso da história dos zoológicos do estado.

Mas a situação controversa do seu programa de elefantes, incluindo casos de tuberculose e endogamia, provocou alguns questionamentos quanto à empresa estar realmente preparada para cuidar adequadamente desses animais.

Tusko, à direita, ao lado da elefante Shine, outra cativa dos zoológicos. Foto: Facebook / Michael Durham
Tusko, à direita, ao lado da elefante Shine, outra cativa dos zoológicos. Foto: Facebook / Michael Durham

“Os elefantes são os maiores mamíferos da Terra, e eles requerem milhas para andar todos os dias, e não um punhado de acres”, disse Courtney Scott da ONG Free the Oregon Zoo Elephants. “A morte de Tusko não foi a parte mais triste de sua vida. Sua vida toda em confinamento foi a pior parte”.

Tusco nasceu na Tailândia por volta de 1971 e pouco tempo depois foi levado para Miami. Seu nome original era Sobik, e ele foi o primeiro elefante a ser explorado pelo zoológico central da Flórida.

Em seguida, durante os anos 80, Tusko passou a ser usado para entretenimento em circos, que lhe deu o novo nome por causa de suas presas impressionantes.

Tusko chegou ao zoológico do Oregon há dez anos. Ele foi diagnosticado com tuberculose no verão de 2014, mas teve alta um ano depois.

Uma lesão em uma das pernas forçava-o a colocar pressão nas outras, e um grave inchaço, somado à diminuição da flexibilidade, tornaram extremamente difícil para ele ficar de pé. O zoológico disse que ele usava a sua tromba para ajudar a apoiar o peso de seu corpo, pouco antes de sua morte.

“Era óbvio que ele estava sentindo muita dor”, disse o veterinário do zoológico, Tim Storms. “Era angustiante vê-lo tentando andar, e nós sentimos que havíamos esgotado as opções de tratamento”.

Tusko deixou dois filhos, Samudra e Lily, que teve durante o tempo em que viveu nesse zoológico.

Nota da Redação: Lamentamos a morte de Tusko, que foi provocada e resultante de uma vida de exploração, sem exercício e certamente com muitas restrições, privações e castigos. Quando ele não era mais útil como objeto de entretenimento para os empresários que o exploravam, ele foi induzido à morte.

Tusko encontra sua filha Lily pela primeira vez, em 2013. Foto: Facebook / Michael Durham
Tusko encontra sua filha Lily pela primeira vez, em 2013. Foto: Facebook / Michael Durham

 

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