EnglishEspañolPortuguês

Só em 2015, 150 tartarugas aparecem em praias da Grande Florianópolis (SC)

7 de julho de 2015
2 min. de leitura
A-
A+

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Só neste ano, desde janeiro, cerca de 150 tartarugas marinhas apareceram em praias na região litorânea da Grande Florianópolis, de acordo com registros do Projeto Tamar, instituto voltado à proteção das cinco espécies, todas ameaçadas de extinção. A maioria desses animais, mesmo quando resgatados, acaba morrendo.
“Esse número é subestimado, há mais tartarugas que morrem e não ficamos nem sabendo”, diz a bióloga Camila Cegoni, gestora do centro de visitantes em Florianópolis.
Na noite deste domingo (5), moradores da Praia da Lagoinha, no Norte da Ilha, encontraram uma tartaruga verde, de cerca de 50 cm de comprimento, morta da praia. “Pela foto, é um animal jovem. Elas vêm para o litoral catarinense para se alimentar”, explica Camila, lembrando que a região não é ponto de desova.
Quando são avistadas na praia, é um mau sinal, segundo o Tamar. “A ‘casa’ delas é o mar. Quando uma tartaruga marinha aparece na areia, normalmente já está em coma. Se chegam ao ponto de serem lançadas pelo mar, é porque já estão bem doentes”, explica a bióloga.
Redes e lixo no mar
O principal inimigo das tartarugas marinhas são as redes de pesca – industriais ou artesanais. A segunda maior causa de morte dos animais é o lixo nas águas – muitas identificam plásticos como alimentos e acabam morrendo ao ingeri-los.
“As tartarugas marinhas demoram muito tempo para ficarem adultas e se reproduzirem, cerca de 30 anos”, diz a bióloga do Tamar. Nesse tempo, ficam sujeitas a esses perigos.
O que fazer ao encontrar
Caso uma tartaruga marinha seja encontrada viva, é preciso entrar em contato com o Projeto Tamar, que vai até o local recolher o animal para tentar salvá-lo. Camila recomenda que, até a chegada da equipe, seja colocado um pano úmido sobre o casco.
No caso de tartarugas mortas, recomenda-se enterrá-las na praia, para que não sejam atacadas por cães ou urubus. É preciso cuidado ao movê-las, pois podem estourar, acrescenta Camila. A bióloga diz que é importante tirar fotos do animal e enviar os dados para o Tamar, pois essa informações são colocadas em um banco de dados.
“É bom observar se elas têm anilhas de metal nas nadadeiras, o que significa que já foram identificadas pelo Tamar.” Os telefones do Tamar em Florianópolis são (48) 3236-2015 e (48) 9149-7443.
Fonte: G1

Você viu?

Ir para o topo