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O sofrimento dos animais na terrível indústria do couro

6 de outubro de 2013
3 min. de leitura
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Por Kelly Marciano (da Redação)

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Todos sabemos o que é o couro, mas quando paramos para pensar de onde realmente vem ou, o mais importante, de quem? As informações são do Care2.

Quando se fala sobre a indústria da pele, todos já sabem como é cruel, bárbaro e desumano, mas caso se fale em couro, o único protesto que se pode ouvir é como não há outro material que deixe seus pés respirarem ou como de modo algum vão ser vistos usando um sapato de plástico derivado de petróleo (como se fosse a única alternativa).

Graças à conscientização generalizada sobre a crueldade envolvida na produção de pele, ela é agora largamente rejeitada por consumidores de todo o mundo e é por isso que, neste momento, precisamos de um empurrão para esclarecer sobre a realidade da produção do couro, porque, assim como a pele, couro é também a pele de um animal e tais animais igualmente merecem nossa ajuda.

A grande maioria do couro é produto de vacas e, mesmo sendo fácil de se ver, pode passar facilmente despercebido. De roupas e acessórios como cintos e bolsas, a móveis e estofamento de carros, o couro é encontrado por toda parte.

A maioria das pessoas é levada a acreditar que o couro é um produto derivado da indústria da carne, que é apenas a “sobra” e que se nós não usarmos, será desperdiçado. Este é um erro comum e fácil de acreditar. A verdade é que a maioria do couro vendido vem de animais assassinados principalmente por suas peles.

Couro não é um produto derivado e não é produzido para que se minimize o desperdício. É produzido porque é um produto altamente rentável e lucrativo. A pele de uma vaca vale aproximadamente 10% de seu valor total, sendo assim a parte mais lucrativa de seu corpo. Surpreendentemente, o couro faz com que a indústria da carne se sustente cada vez mais (vender as peles é muito lucrativo, a carne nem sempre), não o contrário.

A maioria do couro vem de vacas da Índia, que são exploradas, espancadas e envenenadas para que o couro chegue às lojas de varejo. Como a Índia proíbe o abate de vacas, esses pobres e inocentes animais são forçados a enfrentar jornadas brutais e exaustivas, onde são submetidas a um fim inimaginável.

Quando viajam de trem, até 900 vacas são amontoadas em um vagão que deveria suportar um máximo de 80 a 100 e, na chegada, de 400 a 500 estão mortas. Em algumas rotas nem há trens e no lugar deles, amarram as vacas e as levam a pé. Para que continuem a andar incessantemente, as vacas não podem descansar ou beber água e os trabalhadores as espancam nos ossos do quadril onde não há gordura para amortecer os golpes, quebram suas caudas para força-las a se levantarem e as atormentam esfregando pimenta e tabaco em seus olhos.

Não são apenas vacas que sofrem. Cabras, porcos, carneiros, cavalos, veados, cangurus, cobras, jacarés e elefantes também estão entre as vítimas da indústria do couro. Talvez ainda mais alarmante é a China, líder mundial da exportação de couro, anualmente tirando a pele de estimados 2 milhões de cachorros e gatos, que são então comprados por consumidores desavisados, levados por etiquetas erradas e indicações de origem imprecisas. Como se não fosse assustador o bastante, outra forma particularmente valorizada de couro é “slink”, que é feito da pele de fetos de bezerros.

Se você não quer contribui com a indústria brutal do couro, não precisa. Existem muitas alternativas disponíveis que não são cruéis, naturais e sintéticas. Quando comprar algo, sempre leia a etiqueta e se esforce para apoiar companhias éticas que se importam com seu impacto no planeta.

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