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Circo americano Ringling Bros aposentará seus elefantes mas continuará explorando outros animais

6 de março de 2015
2 min. de leitura
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(da Redação)

(Foto: Sarah L. Voisin, The Washington Post/Getty).
(Foto: Sarah L. Voisin, The Washington Post/Getty).

Depois de 145 anos utilizando elefantes em shows de circo, a empresa Ringling Bros e Barnum & Bailey anunciou que irá aposentar seus elefantes até 2018. As informações são da National Geographic.

“Esta não foi uma decisão fácil, mas foi feita pensando no melhor para nossa companhia, nossos elefantes e nossos clientes”, disse Kenneth Feld, CEO da empresa dona do circo, a Feld Entertainment, em um comunicado.

O circo irá enviar os 13 elefantes asiáticos que tem sob sua guarda para o Centro de Conservação de Elefantes Ringling Bros e Barnum & Bailey, localizado na região central da Flórida, Estados Unidos.

Em entrevista à agência Associated Press, Alana Feld, vice-presidente executiva da empresa, reconheceu que houve uma “mudança de ânimo” entre os consumidores do circo. “Muitas pessoas estão desconfortáveis com o fato de fazermos essas viagens com os nossos elefantes”, disse a executiva.

Crueldade contra elefantes

Em 2011, uma investigação feita pela revista Mother Jones revelou que “os elefantes da Ringling passam a maior parte de suas longas vidas acorrentados ou em trens, sob ameaça constante do bullhook, ou ankus, a ferramenta usada para controlar os elefantes”.

Filhote durante treinamento na Ringling Bros.
Filhote durante treinamento na Ringling Bros.

Acusações de abusos contra os animais foram levantadas por várias entidades, resultando em uma longa batalha judicial entre a empresa e grupos de defesa animal. Como resultado, a Ringling Bros. recebeu em 2014 quase 16 milhões de dólares em compensações financeiras da Humane Society dos Estados Unidos e outros.

A PETA exortou o Ringling Bros. a apressar a aposentadoria dos elefantes. “Três anos é tempo demais para uma mãe separada de sua filhote, tempo demais para um jovem bebê elefante golpeado com aquelas afiadas ferramentas que parecem atiçador de lareira e chamadas bullhooks que os tratadores da Ringling usam rotineiramente, tempo demais para um animal que anda 30 milhas por dia na natureza ficar trancafiado sob correntes”, afirmou a presidente da PETA, Ingrid. E. Newkirk, em nota.

Além da demora de três anos para aposentar seus elefantes em um centro de conservação duvidoso pertencente ao próprio circo, a Ringling afirma que “o circo irá continuar a apresentar outros extraordinários artistas animais, incluindo tigres, leões, cavalos, cães e camelos”. Isso significa que os animais continuarão a ser explorados em nome do entretenimento e com certeza a luta entre ativistas e o Ringling Bros e Barnum & Bailey está longe de terminar.

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