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Lóris correm risco de extinção devido ao comércio da espécie

5 de outubro de 2016
3 min. de leitura
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Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

Reprodução/IAR
Reprodução/IAR

Fotografias divulgadas recentemente pelo Animal Rescue International (IAR) mostram a difícil realidade dos lóris lentos – pequenos animais conhecidos por sua aparência “fofa” – que são capturados na natureza para serem comercializados como animais domésticos.

Uma das imagens retrata um pequeno lóris preso em uma gaiola de arame com suas pequenas mãos nas barras do recinto. Em outras, dezenas de animais podem ser vistos amontoados em gaiolas de arame na rua, todos enrolados ou curvados e sem qualquer espaço para se sentarem com a coluna ereta e muito menos para escalar como fariam na natureza.

Os retratos são extremamente comoventes, mas o IAR espera que isso conscientize o público e faça as pessoas perceberem a brutalidade de transformar estes animais “fofos” em animais domésticos.

“O comércio de lóris lentos envolve um sofrimento e uma crueldade terríveis. Todos os dias, três lóris são caçados na natureza e, em média, um deles morre”, escreveu o IAR em um post no Facebook.

Reprodução/IAR
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Uma espécie, o lóris lento de Java, já está criticamente em perigo em grande parte devido ao comércio de animais considerados exóticos que, posteriormente, são criados como domésticos. Existe algo muito simples que todas as pessoas ao redor do mundo podem fazer para salvá-los: não compartilhar vídeos ou fotos que mostram lóris lentos como animais domésticos.

De acordo com o IAR, a demanda por lóris lentos está intimamente ligada a vários vídeos populares virais que mostram os animais que vivem em residências e, em alguns casos, recebendo “cócegas”. Isso faz com que os pequenos animais levantem os braços acima de suas cabeças e pode passar a impressão de que eles apreciam o estímulo, informou o The Dodo.

Reprodução/IAR
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Infelizmente, a verdade por trás dos vídeos não é nada atraente. Os lóris são violentamente arrancados das florestas – como seus nomes indicam, eles são mais lentos para fugir – e são colocados em sacos para serem transportados. Eles são frequentemente alimentados com dietas inadequadas, desenvolvem doenças ósseas ou metabólicas e não podem mostrar seus comportamentos noturnos naturais.

A espécie também possui glândulas venenosas em seus cotovelos que são usadas como um meio de defesa, levantando os braços e lambendo o local antes de morder.

Reprodução/IAR
Reprodução/IAR

Porém, depois que os animais são retirados da natureza, muitas vezes têm seus dentes cruelmente rasgados ou arrancados em um procedimento doloroso realizado sem anestesia, para ficarem mais dóceis e impedidos de morder seus novos tutores.

É evidente que os vídeos de “cócegas” mostram os lóris levantando os braços para tentarem se defender das pessoas e mesmo quando isso não é exibido, estes vídeos populares incentivam grande parte do tráfico de animais, de acordo com o IAR. Por isso, o grupo lançou uma campanha de sensibilização chamada “Cócegas é uma Tortura” que enfoca na terrível realidade dos pequenos animais.

“Se você se deparar com um vídeo ou uma foto na internet de um lóris lento criado como um animal doméstico, por favor, saiba que, embora possa parecer bonito, o animal está sofrendo”, explicou o IAR em seu site, condenando a “moda online” que tem contribuído para o declínio da espécie.

“Esse comércio causa um sofrimento inimaginável e também é a maior ameaça para a sobrevivência da espécie que corre um grande risco de extinção”, completou.

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