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'Castramóvel' registra 885 animais com chip em bairro de Campinas (SP)

5 de maio de 2015
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A meta do Castramóvel é atingir 200 mil animais na primeira fase
A meta do Castramóvel é atingir 200 mil animais na primeira fase

O Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal de Campinas cadastrou com microchips e castrou gratuitamente 885 animais domésticos no bairro Vila Boa Vista, região Norte, durante etapa inicial do programa municipal. A ação ocorreu à bordo do “castramóvel” – ônibus estruturado para rodar os bairros e atender a população animal em na região periférica. O distrito do Campo Grande é o próximo a receber o programa, que tem como meta, na primeira fase, atingir 200 mil animais em Campinas.
“Considerando que 20% da população canina e felina do bairro Vila Boa Vista já era castrada quando fizemos as abordagens, o índice de esterilização animal no bairro saltou para 80%. Uma boa adesão dos moradores”, avaliou o veterinário Paulo Anselmo Nunes Felippe, diretor do Departamento de Bem-Estar Animal, órgão ligado à Secretaria Municipal do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. O castramóvel leva até seis veterinários aos bairros e antes de se iniciar a castração e microchipagem é feito um trabalho de levantamento e convencimento casa a casa.
Preparação
“A equipe passa na residência, realiza o pré-operatório, e depois do procedimento o tutor do animal recebe o certificado de microchipagem, cartilha e cuidados de pós-operatório” , explicou o diretor. O objetivo central do programa é controlar a população animal de rua em Campinas, que gira em torno de 20 mil, segundo o diretor.
O sistema de cadastro será on-line e reunirá informações do animal, como raça, idade e vacinas, e também do tutor. Com isso, será possível identificar tutores de animais abandonados. O investimento total da implantação do projeto – incluindo veículo, equipamentos e utensílios – é de R$ 1 milhão. O programa on-line foi criado pela Informática de Municípios Associados S.A. (IMA) de Campinas.
Procedimento
O chip implantado nos animais, do tamanho de um grão de arroz, é inserido com uma espécie de seringa. O procedimento é rápido e quase indolor para o animal. O custo do projeto anual é de R$ 400 mil.
De acordo com o diretor, em um segundo momento será possível, através do material colhido da população animal do Boa Vista – e posteriormente de demais regiões -, saber se há alguma doença prevalente nos animais, e assim facilitar o tratamento. “Assim que levantarmos qual verminose o animal possui, enviaremos e-mail aos donos e também aos veterinários dos respectivos animais” , explicou.
Estatuto
Antes do programa chegar até a região do Campo Grande, o “castramóvel” deverá atender uma comunidade que passa por um processo de desapropriação, e os animais deverão ser cadastrados para até mesmo saber se é o animal é compatível com a nova moradia. Os bairros São José e Itajaí também integram a lista de bairros que receberão o programa.
Durante lançamento do programa, em março, o secretário do Verde Rogério Menezes disse que a intenção dentro dos próximos quatro anos é chegar a 150 mil animais cadastrados. Está em discussão na Câmara de Campinas, na Comissão de Proteção e Direitos dos Animais, o Estatuto de Proteção, Defesa e Controle das Populações Animais Domésticos de Campinas . O documento contém mais de 100 artigos e foi elaborado com o objetivo de regularizar as condições de vida dos animais, os deveres do cidadão e do poder público.
Fonte: Correio Popular

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