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Cadeira de rodas impressa em 3D ajuda na reabilitação de cães deficientes

5 de maio de 2015
2 min. de leitura
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Prótese permitiu que cadela pudesse andar (Foto: Divulgação/Blog da Luisa)
Prótese permitiu que cadela pudesse andar (Foto: Divulgação/Blog da Luisa)

A primeira vista, a impressão em 3D pode parecer uma moda passageira, mas com o passar do tempo a tecnologia ganha novas aplicações que parecem comprovar que ela veio para ficar. Um exemplo é Luisa, uma cadela italiana que nasceu sem as patas dianteiras e que vai poder se movimentar com mais facilidade agora, graças a uma cadeira de rodas feia sob medida para ela em uma impressora 3D.

A história de Luisa começa quando sua mãe, grávida, deu a luz a cinco filhotes em uma área particular. Os animais foram recolhidos por uma ONG alemã que cuida de animais abandonados. O caso chegou aos ouvidos de um grupo de pessoas, incluindo o dono de uma empresa de impressão em 3D, Florian Rapp, e a estudante de medicina Karin Bufe, que decidiu construir a peça.

A cadeira de rodas é composta por uma placa de plástico para a barriga, na qual são encaixadas duas rodas para facilitar a locomoção. O acessório pode ser adaptado para o tamanho de Luisa conforme ela cresce, o que significa que ela não deve precisar que um novo equipamento seja construído.

Os resultados do projeto foram disponibilizados em código aberto para que outras pessoas possam duplicá-lo e ajudar outros animais com dificuldades. A cadeira existe em dois tamanhos diferentes e a maior delas é composta por várias partes diferentes, o que permite que seja impressa em equipamentos menores sem problemas.

A impressão foi feita com PLA e outros materiais usados incluem dois tubos de alumínio, duas rodas e espuma. Segundo Raupp, o custo total das peças não passou de €130 (cerca de R$ 446). Ele também recomenda o uso de uma terceira roda, menor, para ajudar o animal a se equilibrar enquanto ele se acostuma com o acessório.

A ideia de usar impressão em 3D para solucionar deficiências biológicas e salvar vidas não é nova. Em abril, por exemplo, uma tartaruga que corria risco de morte devido a problemas no casco ganhou uma cobertura customizada para protegê-la e, em várias partes do mundo, a tecnologia tem sido usada para criar novas patas para patos e até substituir o bico danificado de aves.

Em humanos, a impressão em 3D também tem sido usada para criar próteses de membros perdidos que, embora não sejam capazes de substituí-los por completo, ajudam os pacientes a – por exemplo – andar sem precisar de uma muleta. Por outro lado, uma nova técnica foi criada que mistura células com biopolímeros, criando uma prótese de nariz customizada e rápida para ser usada em pessoas que sofreram acidentes.

Veja abaixo um vídeo de Luisa testando sua nova cadeira de rodas:

Fonte: G1

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