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Conheça 5 cães resgatados de rinhas que tiveram um final feliz

5 de março de 2015
5 min. de leitura
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(da Redação)

A luta de cães é proibida em várias partes do mundo, o que não impede que esta cruel prática continue a acontecer.

Suas origens remontam há muitos séculos e há registros de rinhas em várias culturas antigas. É possível que seja comum desde a domesticação do cão.

A prática continuou a se desenvolver na Europa pós-Império Romano e parece ter atingido seu auge por volta do século XVI. Muitas outras formas de rinha eram comuns, envolvendo galinhas, touros e ursos. Raças caninas foram selecionadas com o objetivo específico de lutar contra touros e ursos atacando seu pescoço. É essa a origem das raças britânicas de “bull” (touro, em inglês) e seus descendentes, como o pit bull terrier.

No século XIX, esses esportes de sangue foram proibidos, o que tornou a briga entre cães mais comum que a briga entre cães e ursos, ou cães e bois, por ser mais barata e mais fácil de esconder. No Brasil, como nos Estados Unidos, ela é legalmente proibida, mas continua até hoje, muitas vezes de forma organizada.

Ainda que destino “natural” dos cães explorados para luta seja a morte, alguns tiveram a sorte de serem resgatados e encontraram uma vida feliz, apesar das cicatrizes.

O site One Green Planet conta a história de cinco desses cães.

1. Sam

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“Bulletproof Sam”, ou Sam À-prova-de-balas, foi resgatado em 2012 de um endereço de briga de cães na Flórida, Estados Unidos, junto com outros 16 animais. Ele foi encontrado numa jaula caseira parcialmente abaixo do nível do solo e, para surpresa de seus libertadores, Sam já saiu da gaiola balançando o rabo e pedindo carinho. Ele tinha cerca de 8 anos e muitas cicatrizes dos tempos na indústria da luta. Tinha perdido a maior parte dos dentes e dos lábios. Sam passou pouco mais de um ano no abrigo Hello Bully, dedicado exclusivamente a animais resgatados das rinhas, e agora encontrou um lar. Ele vive com outros dois cães e seus 4 humanos.

2. Addison

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Addison foi resgatada de uma larga rede de rinha de cães, em uma operação que libertou 367 cachorros em três estados americanos. Foi a segunda maior operação contra rinha de cães de toda a história dos Estados Unidos. Addison foi levada para um abrigo na região de Baltimore e não demorou muito para encontrar um lar. Muito simpática, Addison está sendo treinada para participar de programas de educação sobre proteção a animais em escolas.

3. Lucy

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Lucy é uma pit bull de origem colombiana. Ela foi encontrada em péssimo estado de saúde, grávida e sozinha nas ruas de Bogotá. Abrigada em uma casa, seu caso chegou aos ouvidos de uma organização americana, Stray from the Heart, que decidiu juntar dinheiro para levá-la aos Estados Unidos para tratamento. A situação de Lucy era delicada. Ela era usada como isca para treinamento de cães de luta, literalmente um saco de pancadas. Além disso, era usada para procriação intensiva: aos três anos e meio de idade, quando foi avaliada por um veterinário, acredita-se que ela já estivesse em sua quinta ou sexta gestação, o que havia causado graves danos ao seu útero. Não era possível salvar a gestante e a ninhada ao mesmo tempo, então escolheu-se a vida de Lucy. Além disso, Lucy teve vários de seus dentes retirados para facilitar o cruzamento forçado e o “treinamento” dos outros cães. Sua mandíbula superior foi quebrada, talvez por um chute, e cicatrizou de forma errada, o que deixou seu focinho torto. Felizmente, os problemas do focinho não a impediam de comer ou beber normalmente, então ela foi poupada de cirurgias corretivas. Já nos Estados Unidos, Lucy foi adotada por Dee e Paula e agora divide uma casa feliz com suas humanas e mais dois gatos.

4. Preston

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Preston foi resgatado de uma empresa de rinhas na cidade de Akron, Ohio, em 2006. Dois outros animais também foram libertados, mas tiveram sua morte induzida por não encontrarem um lar. Preston foi salvo no último instante por Shana Klein, fundadora da organização For the Love of Pits, que o abrigou em sua casa “temporariamente” – por dois anos. A história do pit bull preto encantou Jeff Theman, que decidiu adotá-lo. Isso não foi muito fácil: Jeff passou seis meses procurando uma casa para alugar onde fosse permitido um cachorro da raça de Preston. Inspirado por essas dificuldades, o novo tutor produziu um documentário sobre o assunto: Guilty ‘Till Proven Innocent, ou “Culpado até que se prove o contrário”, explora a discriminação contra cães baseados em sua raça e a criação de leis específicas para algumas delas.

5. Oogy

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O martírio de Oogy começou cedo: ele já estava sendo usado como “isca” de cães de rinha com dez semanas de idade. Os ataques deixaram feridas profundas: com a parte esquerda do rosto desfigurada e parte da mandíbula esmagada, Oogy foi deixado para morrer. Felizmente, a polícia o resgatou a tempo, na região de Filadélfila, e ele foi enviado para um hospital. Foi lá mesmo que ele encontrou seu novo humano: Larry. Advogado e autor, Larry escreveu o livro Oogy – o cachorro que só uma família poderia amar. O animal vive com Larry, sua esposa e seus dois filhos humanos.

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