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Cachorro que acompanhou protestos na Bolívia tem milhares de fãs no Facebook

4 de agosto de 2015
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Um cão SRD que acompanhou as mobilizações populares na cidade boliviana de Potosí se transformou no ícone dos protestos e conquistou mais de 20.300 fãs no Facebook.
O cão, batizado de Petardo, se uniu às mobilizações durante a caminhada dos dirigentes do Comitê Cívico Potosinista (Comcipo) rumo a La Paz no começo do mês passado, contou por telefone à Agência Efe o presidente da entidade, Jhonny Llally. O cachorro apareceu pela primeira vez quando os manifestantes chegaram a Caracollo, a 193 quilômetros de La Paz, na região andina de Oruro (oeste).
“De lá para cá, passou a andar conosco, mas aparecia e desaparecia. Quando chegamos a La Paz sua presença passou a ser constante na marcha e então não se separou mais até o fim das mobilizações”, relatou.
Petardo ganhou esse nome, pois ao contrário de outros cachorros, não fugia quando ouvia as explosões de fogos que ocorriam diariamente nos protestos. Segundo Llally , ele participou de todas as passeatas, inclusive as que foram reprimidas com gás lacrimogêneo e jatos d’água.
A delegação da Comcipo voltou a Potosí na última quinta-feira depois de não conseguir acordos com os ministros do presidente Evo Morales sobre as 26 demandas de desenvolvimento para a região. Petardo voltou junto.
Os integrantes do grupo foram recebidos como heróis por milhares de pessoas que acabaram se rendendo ao cão, que ganhou um colete vermelho e um colar com seu nome gravado em uma plaquinha em forma de osso.
A fama dele chegou ao Facebook, onde a página “Petardo: Potosino y Federalista”, criada há uma semana, já tem mais de 20.300 curtidas e uma infinidade de comentários, além de fotos e vídeos.
A greve e os bloqueios de estradas registrados desde 6 de julho em Potosí para exigir atenção às reivindicações tiveram uma pausa de 12 horas ontem para que os moradores da cidade pudessem se abastecer de alimentos e sacar dinheiro e foram retomados hoje.
Os potosinos exigem, entre outros pontos, a construção de uma hidrelétrica, três hospitais, mais estradas, fábricas de vidro e cimento, um aeroporto internacional e a preservação do Cerro Rico, a principal atração turística da cidade, deteriorada pela ação mineradora.
O presidente Morales e seus ministros desqualificaram por várias vezes os dirigentes potosinos e questionaram a legitimidade da ação, com o argumento de ser incentivada pela direita boliviana.
Fonte: Terra Notícias 

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