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Abandono e morte de animais no rio Arrudas é tema de audiência

4 de julho de 2015
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

No mesmo dia em que uma audiência estava marcada para debater sobre o abandono de animais no rio Arrudas, em Belo Horizonte, o deputado Noraldino Junior, que solicitou a reunião, resgatou um cachorro no local. Em seu perfil pessoal, ele divulgou as fotos do resgate e lembrou que os abandonos no rio Arrudas são comuns.
“Eu tinha recebido essa denúncia no Facebook e no dia anterior à noite tinha ido lá para entender como os animais são abandonados no local. Mas como estava escuro , não vi nenhum. Aí ontem (2) entre o almoço e a reunião plenária eu fui lá com um grupo de protetores, e descemos de rapel. Conseguimos pegar o cachorrinho, que tinha uma patinha quebrada, está no veterinário e logo será disponibilizado para adoção”, conta o deputado.
Além do cãozinho, foram encontradas no local várias carcaças de animais que não conseguiram se salvar a tempo.
“Tivemos essa audiência na quinta com o objetivo de discutir a realidade do rio Arrudas, mas ele é só a pontinha do problema, que envolve criadouros clandestinos, animais abandonados, maus-tratos, falta de castração. Temos que discutir as alternativas que o governo municipal irá se responsabilizar a adotar para evitar esses abandonos no local”, explica o deputado.
Ainda segundo ele, é comum que cães e gatos sejam “descartados” ali. “Uma alternativa é disponibilizar estrutura para que haja uma fiscalização no rio Arrudas, disponibilizar um funcionário para isso, para ficar responsável por estes resgates. É uma realidade muito triste. Muitos animais são jogados lá e não têm chance de sobreviver”, diz ainda.
Para o advogado e protetor independente de animais, Ronaldo Garcia Dias, a obrigação de resgatar esses animais não é de particulares e sim do poder público. Ele relatou que o acesso ao Arrudas é muito difícil. “Descer lá é das piores coisas. Aquilo não é rio, é um esgoto. Faz muito calor durante o dia. Imagina um animal abandonado no local?”, questionou. O advogado disse que essa realidade precisa mudar e criticou o fato de que, no final do ribeirão, há apenas uma grade, o que não dificulta a entrada de cachorros ao local.
De acordo com o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Minas Gerais (CRMV-MG), Nivaldo da Silva, faltam centros para o acolhimento de animais. Ele salientou ainda que é preciso ter veterinários no Corpo de Bombeiros para que os animais recolhidos possam ser atendidos de forma mais adequada. “Só vamos conseguir minimizar essa questão do abandono com a posse responsável desses animais”, acrescentou.
Fonte: O Tempo

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