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Ativistas usam táticas ousadas e controversas para discutir os direitos animais

3 de novembro de 2014
3 min. de leitura
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(da Redação)

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Ao observar as ações dos adultos, crianças são ensinadas que os animais existem para servir as necessidades e desejos humanos. O senso de superioridade das pessoas em relação aos outros animais é tão arraigado que a sociedade praticamente não pensa duas vezes antes de prendê-los em zoológicos, laboratórios e fazendas de criação, privando esses seres da liberdade que eles instintivamente desejam tanto como os humanos. As informações são do site Their Turn.

Este tipo de comportamento pode ser melhor descrito como especista. Como uma palavra e como conceito, o especismo não é ainda uma parte do discurso público. Em um esforço para ajudar os animais, no entanto, grupos de ativistas estão trabalhando para mudar esse cenário, empregando métodos criativos de teatro de rua para realizar protestos dramáticos.

Lançada há apenas dois meses, uma organização com sede em Nova York chamada Collectively Free, tem chamado a atenção com sua performance “Swap Speciesism”. No Meatopia, um festival carnívoro no qual animais inteiros foram cozidos, o grupo virou o jogo – e virou muitas cabeças – servindo pedaços de um ser humano.

No cardápio: pedaços humanos
No cardápio: pedaços humanos

Vestindo uma máscara de porco, Kate Skwire, uma performer do Collectively Free, usou o humor para captar a atenção dos transeuntes comedores de carne:

“Parece que você gostaria de um pedaço, senhora. Está com fome? ”

“Estes são criados de maneira humanitária, alimentados com capim, seres humanos felizes.”

“Agora me diga que não é delicioso.”

“Este teve uma vida muito boa. Você não tem que se sentir mal por comer essa carne.”

O participante Robert Jensen, conta: “Algumas pessoas disseram coisas como ‘Eu não sou vegetariano, mas isso é realmente criativo’. Outros diziam: ‘isso é doente!’. E eu respondi ‘é doente o contrário também’. Em seguida, eles se perderam no pensamento.”

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“Eu estava segurando uma placa que diz ‘Por que amar um, mas comer o outro’ que mostra um cão e um porco, e um homem olhou para o cartaz, balançou a cabeça e falou: ‘Isso é muito verdadeiro.’ Um monte de gente tirou fotos porque era atraente, e isso é sempre uma coisa boa”, afirma Miriam Lucille, outra participante.

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Um grupo de São Francisco, Direct Action Everywhere, também tem o objetivo de lutar contra o especismo por meio de ações dramáticas e polêmicas dentro e fora de restaurantes e supermercados de todo o mundo. Um vídeo de um desses protestos, chamado “Disrupt Speciesism”, não apenas se tornou viral, mas também foi notícia nacional. No vídeo, a ativista Kelly Atlas entra em um restaurante e conta de maneira emotiva a história do seu bebê chamado Snow, que é uma galinha ferida resgatada de uma gaiola de fazenda industrial.

Em 2013, o cineasta Mark Devries fez um documentário aclamado pela crítica sobre o assunto. Em Speciesism: The Movie, o autor do livro Libertação Animal, Peter Singer, resume muito bem: “O fato de que os animais não são humanos não é uma razão para dar menos consideração aos seus interesses.”

Os seres humanos podem ter mais poder do que outras espécies, mas estão longe de serem superiores. Na verdade, por serem a única espécie que está destruindo o planeta, alguns podem argumentar que são inferiores.

Para saber mais sobre as campanhas #DisruptSpeciesism e #SwapSpeciesism visite os sites das organizações Collectively FreeDirect Action Everywhere.

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