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Leão Jericho está vivo, mas não é irmão de Cecil, dizem pesquisadores

4 de agosto de 2015
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Leão Jericho foi fotografado por pesquisadores da Universidade de Oxford para provar que ele está vivo. (Foto: Divulgação/WILDCRU)
Leão Jericho foi fotografado por pesquisadores da Universidade de Oxford para provar que ele está vivo. (Foto: Divulgação/WILDCRU)

Depois dos boatos de que caçadores haviam matado o leão Jericho, pesquisadores da Universidade de Oxford conseguiram fotografar o animal neste domingo (2) no Parque Nacional de Hwange, no Zimbábue, e afastaram os rumores de que ele havia sido caçado assim como seu “irmão”, o leão Cecil. Os cientistas, entretanto, levantaram outra polêmica: Jericho e Cecil não são irmãos.
“Jericho foi visto vivo e bem às 6h15 da manhã”, afirmou David Macdonald, diretor da Unidade de Pesquisa e Conservação da Vida Selvagem da Universidade de Oxford. O departamento acadêmico acompanhava Cecil, antes de ser morto, e faz o mesmo com Jericho. O leão, morto por um dentista norte-americano, era estudado por sua longevidade.
Neste sábado, 1º, a Força de Proteção do Zimbábue (ZCTF, na sigla em inglês), havia anunciado que Jericho havia sido morto em uma nova caçada no país. A informação foi prontamente desmentida por Brent Stapelkamp, pesquisador do Hwange Lion Research Project, que seguia o animal via GPS. “Ele parece vivo e bem para mim, até onde posso dizer”, afirmou à agências de notícias Reuters. Após as declarações do pesquisador, a ZCTF reconheceu o erro neste domingo.
A foto de Jericho que prova que ele está vivo foi tirada por Stapelkamp. Segundo Macdonald, o leão de 11 anos tem grande porte é tem se alimentado bem. “Ele tem se alimentado de uma girafa morta com as leoas de seu bando.”
Ao mesmo tempo que encerrava uma lacuna, o diretor de Oxford inaugurava outra. “Muitas pessoas perguntaram se Jericho e Cecil eram irmãos. Eles não tinham grau de parentesco embora seu vínculo estivesse próximo da fraternidade. Leões machos frequentemente formam o que é chamado de ‘coalizões’ de cooperação com outros machos sem grau de parentesco com o objetivo de competir melhor com outros machos por territórios e bandos”, explicou.
Segundo ele, as maiores “coalizões” são feitas entre irmãos e meio irmãos, mas boa parte delas, 42%, são formadas por leões sem parentesco entre si. Macdonald afirma que demora anos para se ter esse tipo de compreensão sobre a vida desses grandes felinos. Mas é esse tipo de detalhe que permite traçar estratégias apropriadas para conservá-los.
Fonte: G1

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