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Turistas norte-americanos assassinam centenas de leões por diversão anualmente

3 de agosto de 2015
3 min. de leitura
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(da Redação)

Foto: Facebook/White Lion Safari
Foto: Facebook/White Lion Safari

O assassinato brutal e desnecessário do conhecido leão Cecil, pelo dentista Walter Palmer do estado norte-americano do Minnesota, foi divulgado ao redor do mundo, causando a ira de ativistas e pessoas solidárias. Ainda mais alarmante do que esse episódio é o fato de que muitos outros turistas norte-americanos cometem atrocidades similares, só pela diversão. As informações são do site The Dodo.
Foto: Cara/West Virginia
Foto: Cara/West Virginia

A organização International Union for the Conservation of Nature estima que 600 leões são mortos anualmente para fim de “esporte”, e cerca de 64% deles são assassinados por norte-americanos que se dedicam à prática usualmente.
Uma simples busca no Google revela que existem centenas de sites que oferecem aos turistas norte-americanos a oportunidade de fazer “safáris” em que é permitido assassinar grandes felinos. Essas páginas estão recheados de fotos de turistas junto aos animais que brutalmente mataram.
Foto: Ben/Georgia
Foto: Ben/Georgia

As vidas dos animais são apresentadas por essas empresas como se pertencessem ao menu de um restaurante, com o preço diário das caçadas e o “valor” de cada assassinato: babuíno, 300 dólares. Girafa, 5500 dólares. Leoa, 8990 dólares. Leão, 26 mil dólares.
Não é barato assassinar esses icônicos animais, mas, aparentemente, há uma multidão de turistas dispostos a fazê-lo.
Foto: Dennis/Michigan
Foto: Dennis/Michigan

Essas expedições não costumam demandar nenhum conhecimento ou habilidade dos “caçadores”, já que a maior parte envolve animais que foram criados em cativeiro por seres humanos com o único propósito de serem assassinados algum dia. São as famosas canned hunts, “caças enlatadas”, em que o animal é mantido num pequeno perímetro, para facilitar a sádica diversão do turista.
Foto: Josh/West Virginia
Foto: Josh/West Virginia

Os operadores desses “safáris” afirmam que a prática ajuda a financiar projetos de conservação e que beneficia comunidades locais, mas os defensores de animais sabem que essas afirmações são falaciosas. As populações de leões vêm diminuindo drasticamente nas regiões onde existe a prática, tendendo à extinção da espécie. Nos últimos 21 anos, a população total de leões foi reduzida em 42%.
Foto: Dana and Zachary/Texas
Foto: Dana and Zachary/Texas

A maior parte dos turistas que se envolve na atividade são colecionadores de “troféus de caça”. O Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos considera proibir a importação desses “troféus” para o país, numa tentativa de reduzir o apelo da atividade para os turistas que visitam a África.
Que a morte de Cecil sirva para lembrar dessas atrocidades que ocorrem diariamente por conta do interesse perverso de turistas norte-americanos nesse “passatempo” bárbaro e vergonhoso.

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