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Ativistas da Sea Shepherd em protesto contra massacre de baleias são presos por autoridades na Dinamarca

2 de setembro de 2014
4 min. de leitura
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(da Redação)

Foto: Voluntários da Sea Shepherd são presos e levados pela Marinha dinamarquesa. Foto: Sea Shepherd
Foto: Voluntários da Sea Shepherd são presos e levados pela Marinha dinamarquesa. Foto: Sea Shepherd

Catorze membros voluntários da campanha Operation GrindStop 2014 da Sea Shepherd Conservation Society foram presos no último sábado na ilha Faroé de Sandoy, quando entraram na água para defender baleias-piloto da matança brutal em massa conhecida como “grindadrap” ou “grind”, colocando-se a si mesmos diretamente entre um grupo de 33 baleias e seus matadores. As informações são da Sea Shepherd.

Apesar de ser uma nação integrante da União Europeia e sujeita a leis proibitivas do assassinato de cetáceos, a Dinamarca mostrou oficialmente o seu apoio – e agora a colaboração direta – aos caçadores de baleias, quando enviou a Marinha do país para defender esse massacre arcaico nas ilhas Faroé ao lado da polícia da região.

A Sea Shepherd estava no local, tanto com o time que atua em terra quanto com as pequenas tripulações presentes. No entanto, o grupo de baleias-piloto foi impulsionado pelos barcos para muito perto da costa, e havia pouco tempo para evitar o massacre.

A ONG confirmou que seis membros de seu time terrestre, bem como oito do time que estava nos barcos, foram presos. Além disso, três barcos pequenos da Sea Shepherd – o Loki, o Mike Galesi, e o B.S. Sheen (patrocinado pelo ator Charlie Sheen) – foram apreendidos pela Marinha dinamarquesa.

grind

Entre os voluntários da Sea Shepherd que foram presos estava Sergio Toribio, da Espanha, que enfrentou um ataque violento nas ilhas Faroé no fim de semana anterior. Sergio foi puxado para fora de um carro onde estava monitorando a  presença de baleias-piloto ao lado de um outro colega voluntário da Sea Shepherd. Ele, que foi golpeado repetidamente no rosto e teve um dedo fraturado, respondeu de forma admirável, somente tentando cobrir o rosto e não retornando com qualquer gesto de violência.

“Os caçadores de baleias de Faroé mataram brutalmente um grupo inteiro de 33 baleias-piloto hoje – o que representa diversas gerações retiradas do oceano – e a Dinamarca é cúmplice no assassinato”, disse o ator Charlie Sheen. “Estou orgulhoso pelo fato de haver uma embarcação lá com o meu nome, fazendo todo o possível para tentar parar com essa atrocidade”.

Sheen acrescentou que o barco que ele doou aos esforços heróicos e incansáveis do Sr. Watson foi “vergonhosamente apreendido”. “Essa corrupção insidiosa e viciosa em tal grau deve ser combatida com rapidez e rigor”.

“Tenho extremo orgulho dos voluntários da Sea Shepherd que, durante 85 dias,  patrulharam dia e noite para proteger os golfinhos e as baleias nas águas ao redor das Ilhas Faroé. A Dinamarca não ficará bem comercialmente na União Europeia se sancionar e capacitar a Marinha do país para proteger esses assassinos”, declarou Paul Watson, fundador da Sea Shepherd.

Aqui está um trecho de um comentário sobre o terrível massacre, descrito pelo Capitão Watson intitulado “Chacina e repugnância em Sandoy com 33 baleias morrendo em agonia, e nove voluntários da Sea Shepherd presos pela polícia das Ilhas Faroé e pela Marinha dinamarquesa”:

“…Agora que esse massacre ocorreu, nós podemos mencionar que nos últimos 85, as tripulações da Sea Shepherd desviaram três grupos de baleias para longe da ilha antes que os matadores pudessem avistá-los. Infelizmente cobrir 18 ilhas é uma tarefa difícil, mas estou orgulhoso por nossos voluntários terem salvo aquelas baleias e por terem feito uma valiosa tentativa de salvar essas 33. O lado positivo desse encontro é que agora temos provas que envolvem o governo dinamarquês, que iremos levar ao Parlamento Europeu para demandar que seja tomada uma ação contra a Dinamarca por colaborar com o massacre ilegal de baleias. Nenhum membro da União Europeia pode estar envolvido com caça a baleias, e embora as ilhas Faroé não sejam um membro, elas recebem subsídios massivos da União através da Dinamarca. Se as ilhas são uma exceção, a Dinamarca não o é, e agora temos evidências de que houve sangue de baleias nas mãos de policiais e marinheiros dinamarqueses. O que é podre nas ilhas Faroé é também muito podre na Dinamarca”.

A Sea Shepherd pede a todos os apoiadores que se manifestem contra essa horrível perda de vidas, contatando o governo da Dinamarca e pedindo que pare com esse arcaico “grind” e liberte os voluntários imediatamente. Os contatos podem ser feitos através das embaixadas.

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