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Animais recolhidos no Pinheirinho têm ferimentos de balas de borracha e retroescavadeira

2 de fevereiro de 2012
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Cachorro é encontrado ferido em Pinheirinho, em São José dos Campos. Foto: divulgação

Animais mortos, feridos e passando fome são encontrados diariamente no local onde ficava a antiga comunidade do Pinheirinho, em São José dos Campos, cidade a 93 km de São Paulo. Os bichos ficaram no local após a reintegração de posse determinada pela Justiça no dia 22 de janeiro.

Os animais são recolhidos por um grupo de 20 voluntários. A veterinária Veriane Araújo é uma delas. A especialista classifica o local como um “cenário de horror”. Segundo Veriane, desde a reintegração até o agora, já foram recolhidos 350 animais do local: 200 pela carrocinha da prefeitura da cidade e 150 pelo grupo.

“Parece que explodiu uma bomba atômica [no Pinheirinho], o ambiente é muito hostil. Encontramos muitos animais machucados por tiros de bala de borracha, máquinas retroescavadeiras que demoliram as casas sem olhar o que tinha dentro. Infelizmente, um cão é muito fiel ao proprietário e ele não sai de dentro de casa. Achamos muitos animais mortos, vários por ferimentos e outros por falta de comida e por sede.”

Veriane conta que, após serem encontrados, os animais são medicados, as bicheiras são retiradas e, depois, eles são encaminhados para ONGs que se dispõem a recebê-los. De acordo com a veterinária, a estimativa é de que existam ainda cerca de 500 animais perdidos no Pinheirinho.

“Nós estamos ainda na parte alta da região. A parte de baixo é mais perigosa e ainda não conseguimos chegar lá. Já participei como voluntária em várias tragédias e essa é a pior. Quando teve a tragédia em Nova Friburgo, no Rio, tive apoio de muita gente. A polícia ambiental foi ao local, o Exército, muitos veterinários, muitas doações foram mandadas, de remédios, comida. Aqui, agora que as coisas estão chegando.”

O trabalho dos voluntários não tem data para terminar. O grupo pede doações de ração e medicamentos para os animais. Os interessados devem enviar e-mail para [email protected] ou ligar para (12) 8144-0044.

Fonte: R7

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