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Estudo mostra prejuízos do tabaco para animais

2 de janeiro de 2016
3 min. de leitura
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Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

Fumantes

Um estudo em curso pela Universidade de Glasgow mostra uma ligação direta entre os efeitos em animais domésticos que vivem em um ambiente de fumo e um maior risco de problemas de saúde, incluindo alguns tipos de câncer, danos celulares e ganho de peso.

Professor Clare Knottenbelt, Professor de Medicina e Oncologia de Pequenos Animais no Hospital de Animais Pequenos da universidade, estuda os efeitos do tabagismo e o impacto que isso tem sobre a saúde de cães e gatos.

Professor Knottenbelt disse: “Nossos resultados mostram que a exposição à fumaça em casa tem um impacto direto sobre animais de estimação. Traz riscos de dano celular permanente, aumento do ganho de peso após a castração e tem sido previamente demonstrado que o aumenta o risco de certos tipos de câncer.”

“Nós já mostramos que os cães podem inalar quantidades significativas de fumaça quando se vive em uma casa de fumantes. Nosso estudo atual em gatos mostra que são ainda mais afetados. Isto pode ser devido à extensa auto limpeza dos gatos, pois isso iria aumentar a quantidade de fumo recolhido para o corpo.

“Como um achado incidental, também observamos que os cães que vivem com um tutor fumante ganharam mais peso após a esterilização do que aqueles em um lar de não-fumantes.”

Victoria Smith, que está investigando as ligações entre o tabagismo passivo e linfoma, um câncer das células sanguíneas em gatos, disse: “O nosso trabalho até agora tem mostrado que os gatos inalam quantidades significativas de fumaça e até mesmo ter acesso ao ar livre faz muita pouca diferença.”

“Os tutores que consistentemente fumaram longe do gato não protegeram o seu gato de exposição, mas reduziram a quantidade de fumaça que foi levada para o corpo.”

O estudo também mostrou que, quando os proprietários reduziram os números totais de produtos do tabaco fumados em casa para menos de 10 por dia, os níveis de nicotina no pelo caíram significativamente, mas ainda foram maiores do que os gatos de casas não-fumadores.

Quando os pesquisadores de Glasgow examinaram os testículos de cães machos depois que foram castrados eles descobriram que um gene, que atua como um marcador de danos celulares, era maior nos cães que vivem em lares fumantes do que aqueles em lares não-fumantes.

O gene tem sido mostrado alterado em alguns cânceres de cães em outros estudos, de modo que este poderia ser um indicador preocupante. O efeito sobre esse gene foi reduzido quando os tutores escolheram fumar fora da casa para reduzir a exposição do seu animal doméstico.

Professor Knottenbelt, comentando ainda mais na investigação, concluiu: “Estamos todos conscientes dos riscos do tabagismo para a nossa saúde e é importante que façamos tudo o que pudermos para encorajar as pessoas a parar de fumar. Bem como o risco para o fumante, existe o perigo do fumo de segunda mão para os outros. Os tutores muitas vezes não pensam sobre o impacto que o fumo poderia ter sobre seus animais domésticos.”

“Enquanto você pode reduzir a quantidade de fumaça ao qual seu animal está exposto fumando ao ar livre e reduzindo o número de produtos de tabaco fumado pelos membros da casa, parar de fumar completamente é a melhor opção para a futura saúde e bem-estar de seu animal.”

Este estudo está em curso e o trabalho de investigação deverá ser publicado em 2016.

*É permitida a reprodução total ou parcial desta matéria desde que citada a fonte ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais com o link. Assim você valoriza o trabalho da equipe ANDA formada por jornalistas e profissionais de diversas áreas engajados na causa animal e contribui para um mundo melhor e mais justo.

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