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Pipa com cerol é perigo também para araras que habitam as cidades

1 de setembro de 2015
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Arara ferida por linha com cerol foi encontrada morta no dia 15 de junho. (Foto: reprodução/Facebook Projeto Arara Azul)
Arara ferida por linha com cerol foi encontrada morta no dia 15 de junho. (Foto: reprodução/Facebook Projeto Arara Azul)

A brincadeira perigosa com pipa encerada de cerol, mistura de cola e vidro moído, também ameaça araras que vivem em área urbana, em Campo Grande. Em junho deste ano, uma arara-canindé foi encontrada morta após acidente envolvendo uma linha revestida com o material cortante. A venda do produto é proibida e quem comercializa pode ser preso e pagar multa.
Apesar de não ter dados oficiais, o Instituto Arara Azul registrou também este ano, o caso de um carcará que foi levado ao Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) com ferimentos provocados por linha de cerol. O material é proibido na Capital por duas leis, uma Estadual e a outra Municipal. A brincadeira com o produto não coloca apenas a vida de animais em risco, mas dos condutores de moto que podem acabar com ferimentos no pescoço e rosto.
Para a presidente do Instituto, Neiva Guedes, a fiscalização ainda não é suficiente e falta educação e legislação. “Os pais também devem ser responsabilizados, se caso a criança ou adolescente for encontrado soltando pipa com cerol”, afirma a professora e pesquisadora da universidade Uniderp/Anhanguera.
Desde o mês passado, a fiscalização é feita pela Guarda Municipal e as ações são concentradas principalmente nas ruas e praças. No mercado também está sendo comercializado um novo tipo de linha, batizada de chinela, também preparada com o material cortante.
Conforme Neiva, até agora já são 73 ninhos cadastros e monitorados na cidade. As aves também são vítimas de choque elétrico, acidente com vidraça de prédios, telhados e quando estão voando baixo por algum motivo, podem ser atropeladas ou sofrer ataques de cães e gatos. “Quando acontece acidentes desse tipo, a maioria não resiste e morre”, diz.
No ano passado, o Instituto firmou parceria com a Energisa, concessionária que administra a concessão de energia em Mato Grosso do Sul, para tentar diminuir os acidentes envolvendo fiação elétrica. “Quando verificamos que há um ninho na fiação próximo de um fio descascado, a gente aciona a empresa para que seja feita a substituição. Já quanto a prédio a gente pede que seja colocado adesivo nas janelas para sinalizar a ave e evitar acidentes”, destaca.
O período de reprodução das araras vai de junho a dezembro ou o mais tardar até janeiro do ano seguinte. Quem por acaso encontrar animal ferido pode ligar para o Instituto no telefone 3222-1205, que faz estudo para saber do que a ave morreu.
Fonte: Campo Grande News

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